No comando da direção criativa da Mugler, Nicola Formichetti fez o que sabe fazer melhor: integrou todo o seu universo em um mesmo trabalho.
Ele cuida do figurino de Lady Gaga, nada mais certo então que ela lançasse um single na estreia do desfile masculino da marca, em que a estrela foi o megatatuado Rick Genest. Para a apresentação feminina, Nicola colocou Rico na passarela, fez uma coleção cujo tema, “Anatomy of Change”, tem relação com o clipe “Born this Way”, de Gaga, e, a colocou na com centro do show. Tudo comunicado via Twitter e Facebook, dele, da Mugler e de… Gaga. “All we hear is radio gaga”, já dizia Freddy Mercury.
O desfile foi transmitido ao vivo, com imagens de backstage de Nicola, da tal, e das outras modelos se arrumando. Nada mais natural que a maior repercussão se desse instantaneamente, pelo Twitter, com fãs e jornalistas, inclusive Cathy Horyn, do “NYT”, mandando imagens via twitpic (algumas delas vocês conferem nesta página).
E alguns comentários são muito bons. O editor Sylvain Justum postou: “Lady Gaga está para Mugler o que Gisele foi para a Colcci? #reflita”, ao que Katylene rebateu: “Ai, ia ser tudo se a Gisele lançasse música no desfile!”. O jornalista Derek Blasberg, da “Interview” e da “V Mag”, disse que Lady Gaga fez Anna Wintour sorrir, coisa que ele não via desde a coleção “They Shoot Horses”, de McQueen, em 2003. Animada!
A coleção em si, ainda o mais importante, misturou o universo 80´s de Mugler, com as modernidades de Nicola, que junto com o estilista Sebastian Peigne, construiu formas e detalhes que pareciam protuberâncias saindo dos corpos das modelos, uma coisa “born this way”. Foco nos ombros, silhuetas justas, transparências e saltos nas alturas, que quase derrubaram algumas modelos. Muito preto com espaço também para um azul cobalto, branco e coral, em imagens estranhamente sexies. Lady Gaga, abusada, entrou, fez performance, bateu carão, com a firmeza e a segurança de quem estava usando um tênis velho.
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